Coluna do Tárcio Cacossi: Vale a liderança!

Coluna do Tárcio Cacossi: Vale a liderança!
* Por Tárcio Cacossi

VALE A LIDERANÇA

Em sua segunda partida no Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, o Red Bull Bragantino terá novamente a chance de chegar à liderança do Campeonato Brasileiro. Se na primeira partida, contra o Mirassol, faltou um gol para que isso acontecesse, desta vez a equipe terá a oportunidade num duelo direto contra o Palmeiras, no próximo domingo, 18, às 18h30. Com 17 pontos, dois a menos que o adversário, o Massa Bruta ultraaria o Verdão em caso de vitória, desde que o Flamengo não vença o Botafogo, no mesmo horário.

Mas independentemente de liderança, neste início de competição o que importa é a equipe ter regularidade e se manter na parte de cima da tabela. Depois de cinco vitórias consecutivas, o Braga empatou com o Grêmio, no último sábado, com mais motivos para comemorar. Primeiro porque conseguiu se impor no primeiro tempo, mesmo fora de casa, diante de um dos mais tradicionais times do futebol brasileiro. Segundo que, mesmo sofrendo uma grande pressão e o gol no segundo tempo, ainda teve forças para reagir e empatar em 1 a 1.

O gol, inclusive, foi bastante simbólico, pois marca uma evolução coletiva individual. Coletiva porque foi mais uma jogada que começou com lançamento do zagueiro Pedro Henrique e conclusão de Isidro Pitta, mas com um elemento a mais que o gol contra o Mirassol: a participação de Eric Ramires, que girou, se livrando da marcação, e ajeitou para Pitta finalizar. Individual porque Pedro Henrique e Pitta não fizeram um grande Campeonato Paulista estão fazendo a diferença no Brasileirão. Eric Ramires, que nos últimos tempos vinha sofrendo com lesões, assumiu a titularidade absoluta com a saída de Lucas Evangelista e vem sendo o “motor” do time no meio-campo.

Com essa competitividade que vem demonstrando e não só por valer a liderança, o Bragantino tem tudo para fazer contra o Palmeiras o principal jogo da rodada, tirando proveito de que o adversário não poderá contar com o técnico Abel Ferreira, expulso no clássico contra o São Paulo, por reclamação. Aliás, a tendência é que alguns jogadores sejam preservados da partida contra o Bolívar pela Libertadores, na próxima quinta-feira, no Allianz Parque, tendo em vista que o time já está com a classificação para as oitavas de final garantida em primeiro lugar de seu grupo.

SALVADOR DA PÁTRIA?

A oficialização do italiano Carlo Ancelotti como técnico da seleção brasileira tomou conta do noticiário na manhã desta segunda-feira. Primeiro estrangeiro a comandar a seleção depois de 60 anos, Ancelotti tem um currículo que dispensa comentários. Mas será que o ex-treinador do Real Madrid conseguirá salvar a pátria do futebol pentacampeão mundial?

Se está longe de ter a sua melhor safra de jogadores na história, certamente é possível a seleção brasileira, ainda a maior campeã do mundo, fazer muito melhor que nas últimas copas. Para que isso comece a acontecer, o primeiro o é, já nessas Eliminatórias, não se tornar refém de Neymar, erro que custou caro para os treinadores anteriores. Caso volte a jogar futebol, Neymar terá que se colocar em condições de entrar num time que o treinador formar – e ele será capaz disso, obviamente – e não o treinador formar um time pensando que Neymar seja o que nunca, isto é, um jogador capaz de decidir uma Copa do Mundo.

Além disso, pela experiência e credenciais que possui, quem sabe Ancelotti possa ir adiante e ser ouvido pelos dirigentes brasileiros, não somente da CBF, mas federações e clubes, para que o futebol brasileiro tenha uma esperança de evoluir.

*Tárcio Cacossi, é jornalista, com MBA em Gestão e Marketing Esportivo. 

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